6 de dezembro de 2008

Inspirações (ainda) satolépticas

I. Rua Sergipe, 512: cheiros, texturas, tão precisos tal como há pouco, tão frescos como o café que acabo de passar. E de tal intensidade que as palavras parecem muito humildes em recompor a sutileza das narrativas.
II. Uma noite de inverno dos ares de cima da serra, o pai embaixo do pala, a lareira ressoando infinitas cores.
III. Um dia chegou meu piano: figura tão contundente e tão suave, tão colossal e etérea. Os dedos não podiam acompanhar a euforia de meu desejo. Ele foi a presença mais mágica que tive em minha infância, de força mais estrondosa, meu prazer mais solitário.

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