22 de maio de 2009

Noturnas

I. Amanhã, 23 de maio, Mateus e eu completamos exatos sete anos juntos. Sim, sete! Inevitável considerar que um amor se trama de incontáveis re-paixões. Desde então, somos (sempre) outros. Considerando que nossa história começa em uma fria noite no Monumental, neste domingo brindaremos (metaforicamente, haja vista a insana e recente proibição das polares e afins em recintos futebolísticos) nosso amor em um (também) recomeço do Imortal, com novo comandante na casamata.
(E te direi, ao pé do ouvido: "o sentimento não se termina...").

II. Por algum desconhecido motivo, que transcende os limiares da razoabilidade, escolhi a sexta-feira à noite como um dos meus horários de 'plantão' na Clínica. O cansaço da semana inteira pesando em algumas horas de forçado silêncio. A imaginar, reiteradamente, o momento de pisar no meu apê, botar a tocar uma música boa, tomar um cálice de vinho e regozijar-me do descanso por vir.

12 de maio de 2009



Doze horas ao dia (ou) Saudades futuras

É de excessos, mas pulsa. Tudo e mais um pouco, quiçá mais um pouco ainda.
O corpo pede: pausa. O corpo arde: clamor-quietude.
É de anseios, de sustentos, de sussurros. Seguro minhas pontas, que de tantas, turvam o olhar. Não cedo. Insisto.
Transpiro.
Aposto.
Neste tanto, entretanto, fico a sentir falta de ausentar-me.
Falta faltar. E preciso fazer da letra
meu intervalo.