20 de dezembro de 2008

Elucubrações em fá menor

E é como se pudesse estar outra vez em cada traço conversa sombra muda. Do sem-palavra, dedilho lágrimas desencontradas.
Copiosa e o cálice, avariada e o grito, falto foto tempo sopro.
Falto-me, falto-te-, faltamo-nos.
Eu e o tempo, que desatinado encontro, que melancólico encontro de quadros fora de lugar, um obrar em suaves acordes de um primeiro movimento incessante.
Espalho-me em riscos imagens rubores. É de uma nostalgia viva como o discreto ventilar das persianas, de um sopro íntimo como o espelho
do avesso.
Nós, outros. Eu, lá em tanto, em fins e nós em
tantos.
Toca-me, toco-te, tocamo-nos.
Da revelia oca, (des)ato.
Pinto-me. São impostergáveis nuances-cortes-gotas, antecipo as marcas, cheiro outra vez o descompasso desta hiância, quis agarrar daquele ensejo um segundo tão breve que pronto.
Que é de um não cansar. Não
entrar.
Que é arquitetada por insana recorrência de linhas fugitivas.
Tão minha como nada.
Tão nada como pudera.
Tão ponte como sensata.
Tão ata como dissera.
Tão fome como
Palco.

Um comentário:

Super disse...

tão gostosa a onda de inspiração dicembrina...
a ver o que trazem os novos de 2009