29 de março de 2009

Disto

Foi surdina de novo, retumbante. Re-tombante. Foi preciso o assombro do velho, o peso doído do mesmo, o sacolejar, o enternecer das ranhuras-meninas - bem ali, assustadas a seu canto.
Quis falar-te tão logo que nunca possível.
Pensei nos vestígios ínfimos, íntimos, ainda pulsantes. No afago de encontrar-me justo nesta multidão de cores e gritos e vazios.
Estive desértica.
Efêmera.
Estive no alívio do que não sobra.
Tramo um conto de subtítulos, apenas. A tentar receber as intensidades outras: de um pouco que vibre, que permita ao olhar tal deleite. Quero fechar os olhos. Quero (des)imaginar.

Insisto meu silêncio em teu afã de infinitos.