3 de junho de 2007

Das margaridas.


É o cotidiano do mesmo, do frio, das árvores ventosas. Tem sabor de mel e cheiro de eucalipto: narrativas de praça, palas, andanças e risos abafados. É bem ali, história que passa, já minha, já ida, sussurrando um mosaico de lembranças, aquecendo com nós de pinho.

Engraçado é que sigo os nós, dos frios tramados da lã, das cordas de pular. Os nós outrora dos cabelos, depois das incertezas.

As cores mudam, o tijolo é o mesmo - e um mesmo suspiro atravessa o corpo. Hoje é mais ligeiro meu passo, mas dou por conta que são as mesmas calçadas a abrigarem meus trajetos.

Eu queria de novo, e só para mim, um jardim abarrotado de margaridas.

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