25 de maio de 2007




É espanto e calor de lareira, é corte e sombra e inspirações pausadas. Eu me resumo e me expando em goles, me assombro e me caio, me rio, me volto. A reviravolta dos sonhos de meia tigela. O teatro das notas que cantam o traço dos meus pés, enquanto devaneio em desatinos imprecisos. As unhas lascam, os lábios ardem, a imperfeição do que se ouve pelos olhos. Dos imperativos, deleite. Percebo a infinitude de prazeres à luminária recheada de linhas desgovernadas. É o toque do corpo e a cegueira da janela: são deliciosos os abismos encarangados.

Um comentário:

alice disse...

que saudade!
e que delícia!
bejos grandes.