27 de abril de 2007

Do blog de Fabrício Carpinejar, uma inquietação:

"Necessitava urgentemente de um quartinho para não-ser. Um quartinho da inexistência - todos deveriam contar com um, para manter seus segredos. Um quartinho para trabucos, objetos quebrados, mesas lascadas, amores excomungados."


Percebo a impreterível urgência da possibilidade de não-ser, de desmanchar-se, de diluir-se nas entranhas do desconhecido de nós. Eu tenho caixas. Nelas, tíquetes de cinema, cartas de amores passados, flores, festas, fotos. Diários de adolescência, encaixotados, mas de alguma forma sempre acessíveis. Guardo poemas e jornais, palavras e cheiros. Eu me guardo, num resguardo do esquecimento.

Um comentário:

Anônimo disse...

Só pq tu diz que eu nunca venho aqui.
Vim.. =)
Beijo Ma te amoo