13 de maio de 2007



Não tem saliva, não sai palavra, a seco: é som e salto, é tato e dedos. Contemplo a noite na discrição amante de meu avesso. O cabelo úmido molha o travesseiro de saudades. Segundos nostálgicos do que de mim não faz reflexo.

Não tem moldura, é cena em desborde, é luz e escuro e é ofuscante. Inspiro.

Mas é ritmado o sentido, gotas de chuva deslizando em folhas. É a minha flor que insistiu em não partir.

(Poemas de amor voam no outono).

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