1 de junho de 2006

Queria das palavras cruas seu sentido sucinto.
Mas não caibo nas letras sem adjetivos -
quando vejo, já estou a tecer metáforas e lirismos.

Queria a ponta grossa, a escrita curta, o tempo breve.
A palavra que cala.
Queria a palavra nua e minha e deserta.
Incerta.

Mas, por tantas vezes, o deleite se dá com ares de sentimentalismo.

Da secura, não consigo. Almejo o compasso finito, mas me escondo na partitura
que não acaba.

Acho que estou escondida por trás da poesia cotidiana, dos versos dos meus dias,
das letras que vão costeando meu caminho.

Não estou sozinha, seu esparramar-se me acompanha.

2 comentários:

Anônimo disse...

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Anônimo disse...

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