19 de junho de 2006

DO ARQUIVO DE POESIA:

CONTRASENSO

O caos é nítido,
porém nebuloso; é um contrasenso,
na contramão dos sentidos.

Pouco a pouco, vamos nos perdendo diante do abstrato,
daquilo que não está pronto.

Da palavra que não veio congelada e embalada
pra microondas.
Dos desejos que não estão à venda em vitrines de shoppings.

Chega de pensamento fast food.
De informação-linha.

Precisamos de mais argumentos e menos
consumismo barato.

(precisamos de mais interação
e menos aprisionamento).

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