12 de novembro de 2010
2 de novembro de 2010
Das pequenas e grandes vitórias.
"Não nego a vocês que, por vezes, algumas das coisas difundidas me deixaram triste. Mas quem, como eu, lutou pela democracia e pelo direito de livre opinião arriscando a vida; quem, como eu e tantos outros que não estão mais entre nós, dedicamos toda nossa juventude ao direito de expressão, nós somos naturalmente amantes da liberdade. Por isso, não carregarei nenhum ressentimento. Disse e repito que prefiro o barulho da imprensa livre ao silêncio das ditaduras".
24 de outubro de 2010
Pout pourri de um domingo à noite
. Com meu cartão-ingresso tendo, num descuido, viajado ao Rio de Janeiro, não me restou alternativa a não ser o bom e velho radinho. E, ademais, estando boa parte da nação tricolor nas entranhas do Monumental, providenciei todas as possíveis vedações acústicas e visuais asseguradoras de uma segura distância de meus importunos vizinhos colorados. Faço um parênteses, imbuída que estou, ultimamente, de reflexões filosófico-político-sócio-existenciais: não me encontro, nem de perto, conectada ao futebol como outrora. Mas, é impossível não vislumbrar as mudanças contundentes que se instalaram no cotidiano da prosa e flautas comuns à rivalidade azul e vermelha.
Os torcedores colorados, desde que passaram a figurar no cenário das vitórias, tomaram-se de uma arrogância desmedida. O Inter vibra incessantemente de seu poderio financeiro. Um clube que já ousou denominar-se "do povo" sucumbiu à máquina capitalista-estratégica-administradora-etc e tal. Tamponam até mesmo os esparsos movimentos clubísticos de abertura ou oposição. Daí que um torcedor diz a seguinte frase, na rádio Gaúcha, logo após o fim do jogo: "Não tem como comparar um GRANDE time como o Inter com um time que tem esses Vilson, Gilson da vida. É ridículo. Time tem que ter é um D´Alessandro. F... o sonho da Libertadores pra eles".
Ora, eu preciso responder a este cidadão que muito me orgulho de torcer para um time formado por Vilsons da vida. Sem badulaques ou badalações. Para um time que, na humildade de sua garra inesgotável, contrariou as sádicas previsões de um terceiro período na série B para uma arrancada incrível que lhe outorga 80% de aproveitamento no returno, e uma possível luta pela L.A. 2011. Para um time que vive e sofre na sua alegria imperfeita, na agudeza de suas dívidas, na desordem de sua política inexata, no ir e vir do êxtase e das dores, no passado de glórias e nas pinceladas de conquistas no hoje. Diria um tio meu que "um time cujo craque é Jonas não será campeão de nada, nunca". Pode ser que não. Mas, como torcedora do Imortal, não meço minha paixão em euros nem em títulos. Eles podem vir, a seu tempo - e o sentimento... este não se termina.
. Ando permeada de depedidas. Despeço-me de alguns eus. Estranho. O estável de nós como liberdade de mundo.
. Avante Dilma!
5 de setembro de 2010
23 de agosto de 2010
20 de agosto de 2010
9 de agosto de 2010
24 de junho de 2010
27 de abril de 2010
23 de abril de 2010
É um aparente paradoxo, este hiato. Uns pedem âncora, outros silêncio. Faz-se limbo.
É preciso encontrar um lugar-entre, que me permita a luta sem o embate. É preciso saber operar o silêncio sem esmorecer o desejo. É preciso aprender, de algum jeito, a (...).
E sabem quando algo volta a ti em caráter de tamanho estranhamento que, por instantes de absoluto desnorteio, tu te perguntas: onde estou, afinal? Evanescimento de sentidos. Do que se julgava ser, crer, ter, transmitir. Tem minhas pinceladas ali. Acolá também. Tão perto que invisíveis.
Não se pode aceitar o silenciamento dos afãs e das mobilizações e das vontades - disto que faz movimento, que faz aresta, que faz viver. Mas, tampouco se pode gritar tão alto que ensurdeça a palavra.
Micropolítica ali onde a trama se pensa alheia: eis o desafio.
1 de abril de 2010
É preciso fazer névoa disso cru. Falta-me o tempo, falta-me o silêncio, falta... Um cálice. Giros insistentes de ar morno, entremeios de distantes intimidades.
Do que insiste: o excesso.
Do que aconchega: tua errância.
Do que alenta: o amanhecer.
Carrego-me dia afora, no paradoxo de uma alegria estafante. Sossego - preciso - sossego
20 de março de 2010
Era preciso dizer-lhe, mas tão aquém, mas tão fugaz: que era de melodia que se tratava, que era de corpo e voz e riso e pele e seu breve instante de róseo embaraço. Que já pouco de dentro, mais e mais do contorno. Que a palavra quase como fulguração. Que era vida, tão vida. Os olhos se seguram como podem. Queria dizer-lhe, mas melhor o fazia em silêncio.