23 de abril de 2010

(Com)posições

É um aparente paradoxo, este hiato. Uns pedem âncora, outros silêncio. Faz-se limbo.

É preciso encontrar um lugar-entre, que me permita a luta sem o embate. É preciso saber operar o silêncio sem esmorecer o desejo. É preciso aprender, de algum jeito, a (...).

E sabem quando algo volta a ti em caráter de tamanho estranhamento que, por instantes de absoluto desnorteio, tu te perguntas: onde estou, afinal? Evanescimento de sentidos. Do que se julgava ser, crer, ter, transmitir. Tem minhas pinceladas ali. Acolá também. Tão perto que invisíveis.

Não se pode aceitar o silenciamento dos afãs e das mobilizações e das vontades - disto que faz movimento, que faz aresta, que faz viver. Mas, tampouco se pode gritar tão alto que ensurdeça a palavra.

Micropolítica ali onde a trama se pensa alheia: eis o desafio.

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