De intervalos e saudades
I.
Esse burburinho sem nome, itinerante,
me sacode por dentro.
São laços de trama áspera
que adornam as dores e colhem as preces alheias:
minha pétala, pouco a pouco e sem ruídos,
a desprender-se.
II.
Anestesia de instantes,
intervalos abarrotados.
Teu silêncio contorna meus vazios
e deixa pontos de exclamação
a desvelar incongruências.
III.
Do que ainda não se sabe,
saudade.
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