28 de maio de 2006


Que me faça, ou desfaça, ou refaça; que me trapaceie, acene, vislumbre. De dedos e notas, devotas, os sons - se vão (e não vêm de volta). Me somem, consomem, assustam, encenam, metidos, enlouquecidos - e os mando: calem a boca! Mas que boca, que voz, que nada, que ruído cansado, que reflexo tosco, teu rosto, nas teclas. Me volto, revolto, te solto. Te cerco, incerta, decerto... Dedilhando teu corpo, me entrego, envolvo meu pretexto, desconsidero o tempo da partitura. E ela não segura, te surra, te bate, me avança e descansa, se arde, se morde, se cria.

(Inventava e partia).

3 comentários:

Francesca disse...

Gostei muito deste teu texto :) Parabens!!

Beijo

Anônimo disse...

Greets to the webmaster of this wonderful site. Keep working. Thank you.
»

Anônimo disse...

I say briefly: Best! Useful information. Good job guys.
»