27 de fevereiro de 2011

das cores

Era seu ponto de discordância, acima de tudo. Qual hipérbole de seus devaneios, um quadro cuja imagem parecia remeter a algum ponto de infinito.

Ele tinha cores, ofuscava pelo brilho, feito dia de céu azul. Ela tapava as frestas, antes da luz. Afinal, onde residia o resguardo?

Ela percebia-se a artificializar o mundo, às meias. O quadro, por seu turno, convocava ao deslumbramento da forma distorcida.

(As roupas secavam com os resquícios.)

Parecia, enfim, uma certa composição entre a horizontalidade e a pungência. Entre os livros que dormem e os livros que, despertos, tramam preces de acolhida.



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