27 de abril de 2010
23 de abril de 2010
É um aparente paradoxo, este hiato. Uns pedem âncora, outros silêncio. Faz-se limbo.
É preciso encontrar um lugar-entre, que me permita a luta sem o embate. É preciso saber operar o silêncio sem esmorecer o desejo. É preciso aprender, de algum jeito, a (...).
E sabem quando algo volta a ti em caráter de tamanho estranhamento que, por instantes de absoluto desnorteio, tu te perguntas: onde estou, afinal? Evanescimento de sentidos. Do que se julgava ser, crer, ter, transmitir. Tem minhas pinceladas ali. Acolá também. Tão perto que invisíveis.
Não se pode aceitar o silenciamento dos afãs e das mobilizações e das vontades - disto que faz movimento, que faz aresta, que faz viver. Mas, tampouco se pode gritar tão alto que ensurdeça a palavra.
Micropolítica ali onde a trama se pensa alheia: eis o desafio.
1 de abril de 2010
É preciso fazer névoa disso cru. Falta-me o tempo, falta-me o silêncio, falta... Um cálice. Giros insistentes de ar morno, entremeios de distantes intimidades.
Do que insiste: o excesso.
Do que aconchega: tua errância.
Do que alenta: o amanhecer.
Carrego-me dia afora, no paradoxo de uma alegria estafante. Sossego - preciso - sossego