23 de agosto de 2008

Ela e as cores

Foi, mais bem, um desaguar de desatinos: o que não foi e não cessava cantarolava pequeníssimos ruídos; fazia esquecer o que já lembrava. Fez-se um novo tão novo que já antigo, já abarrotado de pó e cheiros velhos. Reverberou desejos já tão amainados que ela se sacudia, se chorava, se rasgava em pedacinhos, se diluía no ar, nas prateleiras recheadas de cores e brilhos tão doces.
Engraçado quando isso acontece: o passo já se mistura ao chão, e não se sabe se o caminho é de ida ou volta.

2 comentários:

carol de marchi disse...

saudade de ler essa música tua...!

alice disse...

Bah.

Matou a pau.

Lindo.

E simplesmente é bem isso.

Mais uma vez, Marília nos lança ao mar e à ilha, e já não sabemos se estamos indo ou voltando.