Ela e as cores
Foi, mais bem, um desaguar de desatinos: o que não foi e não cessava cantarolava pequeníssimos ruídos; fazia esquecer o que já lembrava. Fez-se um novo tão novo que já antigo, já abarrotado de pó e cheiros velhos. Reverberou desejos já tão amainados que ela se sacudia, se chorava, se rasgava em pedacinhos, se diluía no ar, nas prateleiras recheadas de cores e brilhos tão doces.
Engraçado quando isso acontece: o passo já se mistura ao chão, e não se sabe se o caminho é de ida ou volta.