1 de fevereiro de 2008

Túnel do tempo

Resgatando as letras de outrora (poema escrito aos 15 anos). E o duplo/estranho: um reencontro tão íntimo e desencontrado.


Pauta do desejo

Desejos
duvido
de onde vão...
Eles andam
sem medo
se vão.
E vão.
Desejos
eu desejo.
Desejos,
eu preciso
de desejos,
mais desejados,
mais andados.
Desejos
desérticos,
efêmeros,
sem gêneros,
dialéticos,
ecléticos.
Desejos
acalorados.
Desejos
entorpecidos.
Desejos
sem rumo,
sem prumo
no mar...
Desejos
indesejáveis
são somente
acariciáveis
à noite,
estáveis...
Desejos
inacabáveis.




3 comentários:

alice disse...

quem diria.
e a guria foi justo se interessar por isso. pelo tal do desejo.

IN cômoda disse...

Bah é mesmo Alice. Só podia... vamos sempre esburacar algo por causa do tal do desejo.

IN cômoda disse...

Aliás, Mari; esse negócio de "desejos indesejáveis são somente acariciáveis" me bateu no fundo e ficou. Beijos.