13 de setembro de 2006
Nesta segunda, media tarde, um vento levou meu amor pra longe; em princípio me desnorteio, as lágrimas sao consoladas pelo carinhoso porteiro Ramón. Ramón lembra que sou forte, pois consigo carregar a grande sacola de roupas da lavanderia. Sem acreditar muito nisso, subo as escadas resignada. Fico a respirar outros tempos de saudade. Por fim, percebo que ela convoca a uma reinvençao, e à busca de outros sentidos. Estraño, em castellano, sentir falta... talvez a saudade tenha mesmo um quê de estranhamento. Me deparo com o que nao sou, quiçá com o que nao aprendi a ser. Aprendo a ser outra, nao menos eu mesma. Nao ser (e por isso ser, afinal de contas).
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