30 de março de 2011
Depois de três longos dias à base de remédios que, sempre em uma vã esperança, nos fazem acreditar que a sensação de atropelamento gripal - ímpar - pode ir embora com alguma rapidez, acordo finalmente com disposição à vida. Aliviada, abro as janelas e deixo que o sol venha arejar a casa e me resgatar desta forçada hibernação. Ocupo a manhã com impreteríveis organizações: mexo em planilhas, leio, passo um café, organizo a agenda, resolvo pendências. Como me apraz a sensação de que o corpo volta às engrenagens: sigo!
15 de março de 2011
Constatação
aventa a efervescência que julgara
distante, quiçá
imperfeita.
É latejamento que avança tipo córrego.
Amanso e descanso, embaraçada:
outro ritmo,
cadência que sobe.
Faz implorar pelo riso-encontro pontiagudo.
Corta, tipo navalha. Jorra
um já-foi, talhado de
muito muito novo.
9 de março de 2011
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